Marco Augusto Nascimento Velasco Albemaz (esq.) e Antonio lanowich Filho
TV Anhanguera/TV Globo/Reprodução/Arte g1
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu conceder liberdade provisória para o advogado Antonio lanowich Filho e o policial civil Marco Augusto Nascimento Velasco Albemaz. A decisão foi publicada na noite desta quinta-feira (24) e os dois deixaram as carceragens em que estavam.
lanowich Filho e Albemaz estavam presos desde o fim de junho, quando foram alvos da Polícia Federal na operação Sisamnes. O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, foi preso na mesma data, mas foi solto pelo STF e autorizado a retornar ao cargo no dia 17 de julho.
Os três são investigados pela PF por suposto envolvimento no vazamento de informações sigilosas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Clique aqui para seguir o canal do g1 TO no WhatsAppA decisão do ministro Zanin de conceder liberdade provisória ao advogado e ao policial civil foi contrária às manifestações da Procuradoria-Geral da República, que tinha recomendado a manutenção das prisões preventivas.
O ministro afirmou que a situação dos dois investigados é semelhante à do prefeito, a quem supostamente seriam subordinados. “Reputando-se, por isonomia, igualmente satisfatórias as medidas cautelares diversas da prisão, para o fim de evitar a reiteração delitiva”, diz a decisão.
O ministro também impôs aos dois as mesmas medidas cautelares aplicadas a Eduardo Siqueira:
Proibição de contato entre investigados e com outros investigados das operações “Sisamnes”, “Fames-19” e “Maximus”;
Proibição de se ausentar do país, com retenção do passaporte.
O que dizem os advogados dos investigados
O advogado Thiago Peleja, sócio do escritório Eduardo Ferrão Advogados Associados, comentou: “Conseguimos esclarecer ao Ministro que o Antônio Ianowich nunca teve acesso a informações sobre investigações em curso, muito menos tentou embaraçar ou antecipar diligências sigilosas. Agora, será possível demonstrar que as suspeitas apontadas pela PF não se sustentam”.
A defesa do policial Marco Augusto Nascimento Velasco Albemaz não enviou posicionamento, e informou apenas que o cliente foi solto na noite desta quinta-feira (24).
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Entenda as prisões
Eduardo Siqueira Campos foi preso pela Polícia Federal (PF) dentro das ações da operação. O advogado e o policial civil também foram alvos de prisão. Os mandados foram determinados pelo ministro Cristiano Zanin.
Conforme a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas STJ.
A Polícia Federal não especificou quais as suspeitas e indícios que levaram às prisões, ou a relação entre os três alvos. Informou apenas que essa nova fase busca aprofundar as investigações sobre a existência de uma organização criminosa responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas, oriundas de investigações em curso no STJ, com impacto direto sobre operações da PF.
A defesa de Eduardo disse à TV Anhanguera na época que em momento oportuno a verdade aparecerá e que tem provas suficientes de que o prefeito nada tem a ver com o que foi representado pela Polícia Federal. A Prefeitura de Palmas destacou no dia da operação que “as investigações não se relacionam com a atual gestão municipal”.
Segundo o STF, as prisões foram determinadas após representação da Polícia Federal e contaram com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, é preso em operação da PF
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Fonte: G1 Tocantins
