Moradores enfrentam ruas sem asfalto, muita poeira, mau cheiro e poluição perto de córrego na capital

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Acesso à região dos Aurenys não é pavimentada e córrego Machado Falta asfalto e sobra poeira e poluição próximo ao Córrego Machado, em PalmasJoaquim@1313
Um trecho que dá acesso aos Aurenys, na região sul de Palmas, está deixando os moradores da região ‘comendo poeira’, pois nunca recebeu pavimentação. Além disso, há outros problemas que atrapalham o cotidiano tanto dos moradores quanto de quem precisa acessar o local, como a poluição do Córrego Machado, mau cheiro e falta de iluminação.
É poeira demais. Tem que usar máscara para poder respirar direito, sem respirar poeira”, disse a dona de casa Vera Soares, que mora na região. “Tem 20 anos que nós sofremos com isso aqui”, completou o autônomo Lázaro Hélio Faleiro.
Poeira em via que dá acesso aos Aurenys
TV Anhanguera/Reprodução
Além de afetar os moradores da região, a falta de asfalto e poeira também atrapalham quem está só de passagem pelo setor. O coletor de lixo Clodomir Júnior sabe bem a dificuldade que é ter que trabalhar no local. “É muita poeira e o serviço não pode parar”, disse.
Córrego poluído
A motorista Elidiane Gomes mora próximo ao Córrego Machado, que corta toda a região sul de Palmas. Ela conta que já encontrou muito lixo comum, resíduos hospitalares e até animais mortos, que poluem as águas e atraem urubus para o local. “Todo tipo de lixo possível que você imaginar a gente já conseguiu recolher daqui, para a gente ver se consegue manter preservado. Porque a água é um bem valioso que a gente tem. Temos que manter isso sempre”, disse.
O mau cheiro também é forte e incomoda. “O povo joga tudo quanto é lixo. Jogam gato morto, cachorro morto. Tudo que morre eles jogam lá. Até sofá já jogaram. É ruim, porque ninguém consegue viver no mau cheiro, na sujeira”, comentou a aposentada Lindamar Caetano.
Córrego Machado acumula lixo e vira local de descarte de animais mortos
TV Anhanguera/Reprodução
Além da poluição, o leito do rio está bloqueado por lixo, entulho e galhadas. A água parada se torna um ambiente perfeito para a proliferação de insetos como o Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika.
“Aqui é o lugar onde eles mais gostam. Tem uma água parada, está cristalina e eles depositam seus ovos e daí a gente tem uma disseminação de doenças altíssima”, explicou o engenheiro ambiental Dhyego Santana.
Por iniciativa de quem mora perto do córrego, diversas placas escritas à mão foram colocadas para alertar a população para que não jogue lixo, mas não adiantaram.
O resultado disso é o impacto ambiental em toda a cidade. “A fauna vai se tornando cada vez menor e a flora cada vez mais pobre. Jogar um resíduo sólido ou um efluente líquido aqui nesses recursos hídricos e qualquer tipo de dano ao meio ambiente está previsto na lei de crimes ambientais. Então existe uma multa mínima de R$ 5 mil para a pessoa que colocar seu resíduo de forma incorreta”, alertou o engenheiro ambiental.
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Palmas informou que a equipe a Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp) esteve no Jardim Aureny III para a realização de manutenção viária, visando a redução da poeira no local. Sobre a iluminação, a gestão informa que irá atender a demanda ainda esta semana. A equipe de topografia irá ao local para fazer o alinhamento da guia para que, posteriormente, a companhia de energia elétrica instale os postes para a implantação da rede elétrica.
Com relação ao córrego, equipes da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FMA) e da Seisp estão definindo estratégia para a limpeza e manutenção das margens do veio de água. A gestão ressalta, contudo, que o descarte irregular de lixo e animais mortos, além de infração passível de punições, atenta contra o meio ambiente e colabora para o mau cheiro no local e alagamentos no período de chuvas.
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Fonte: G1 Tocantins